quinta-feira, 16 de maio de 2013

Inaugurado o primeiro Centro de Socioeducação do Norte e Noroeste do Rio


Foi inaugurado no início da tarde desta quarta-feira (15/05) o Centro de Atendimento Intensivo (CAI) de Campos, localizado às margens da RJ-158, na localidade de Itereré, no km 53.
A unidade tem capacidade para receber 80 adolescentes detentos de 12 a 18 anos e estará contemplando 25 municípios das regiões Norte e Noroeste.
Participam da inauguração o vice-governador do estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão; diretores do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase); representantes do Juizado da Infância e Juventude, entre estes o juiz Heitor Campinho; a diretora da unidade Campos, Marlene Pimentel Tavares e autoridades políticas como os ex-prefeitos de Campos, Arnaldo Viana, Nelson Nahim e Sérgio Mendes, além do deputado estadual João Peixoto e os prefeitos de Cardoso Moreira, Gegê Cantarino e de São Fidélis, Fenemê. A Prefeitura de Campos não mandou representante.
A instituição recebe o nome da Professora Marlene Henrique Alves, mãe do Juiz Pedro Henrique Alves, ex-titular da Infância e Juventude em Campos, e que atualmente atua na comarca de São Gonçalo. 
“Ao governo transferir o Degase para a Secretaria Estadual de Educação já nos mostrava o que estava por vir. Muito ainda precisa ser feito, mas ninguém pode negar os avanços nesse governo e o Centro de Socioeducação Professora Marlene Henrique Alves é o marco histórico para todos os atores que militam na área da infância e juventude, e a nossa família agradece a homenagem a nossa mãe”, declarou o juiz Pedro Henrique Alves.
“Aqui a gente vê a importância de se ter um centro regionalizado, o que muda a vida do jovem e de sua família, que muitas vezes não tem como se deslocar daqui para ir ao Rio visitar seu filho, e o convício familiar é fundamental para recuperar esses jovens. É fundamental investir na educação e tem que ser a política primordial. Vamos colocar o estado conforme prometemos entre os cinco da Federação e valorizando os professores. Esse é um grande legado que o Governo deixa e que começou quando o governador estendeu as mãos ao presidente Lula e a presidenta Dilma, pois aqui está mais uma prova da união, e quando os gestores se entendem ganha o povo”, destacou Pezão.
Ao todo foram investidos R$ 11 milhões, sendo R$ 9 milhões do Governo Federal e mais R$ 2 milhões do Estado. As obras foram iniciadas em 2010 e depois de três anos, foi entregue em Campos o primeiro Centro de Socioeducação do Degase. Em julho, em Volta Redonda será entregue o segundo, e ainda para este ano está prevista a entrega de mais uma na região metropolitana e, posteriormente nas regiões Serrana e em Caxias.
“É extremamente significativa a primeira obra regionalizada para a socioeducação no estado do Rio de Janeiro. É uma questão de respeito, dignidade, abrindo uma janela no horizonte para que dezenas de meninos possam voltar para o seio de suas famílias, suas culturas, seus espaços e assim restaurada sua cidadania”, destacou Alexandre Azevedo, diretor geral do Degase.
As novas unidades vão acabar com a centralização no Rio das medidas de internação, além de situar o Novo Degase nas normas estabelecidas pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda). 
CENTRO DE SOCIOEDUCAÇÃO

A unidade tem capacidade para atender 80 meninos (internações) com idade entre 12 e 18 anos. Além de comprimir medidas socioeducativa, eles também vão poder estudar, inclusive, aulas de ensino religioso, objetivo na qual foi construída uma capela, onde serão realizados cultos ecumênicos, participar de oficinas, esportes e receber atendimento odontológico. 
Foram treinados 69 agentes socioeducadores, quatro assistentes sociais, quatro pedagogos, além de um médico, um nutricionista, um dentista, cinco psicólogos, um enfermeiro e seis técnicos de enfermagem para atuarem na unidade.
A presença de adolescentes em ocorrências policiais como furto, roubos e tráfico de drogas é crescente. Em Campos, segundo a Polícia Militar, até o momento 225 menores foram apreendidos este ano, quando no mesmo período de 2012 foram 229 ocorrências.

Fonte: Ururau/Fotos: Vágner Basílio