quarta-feira, 6 de março de 2013

Instituto Federal Fluminense pode ter mais um período de paralisação


Dia 24 de abril haverá um grande ato público em Brasília que reunirá vários sindicatos
 Mauro de Souza

Dia 24 de abril haverá um grande ato público em Brasília que reunirá vários sindicatos

O Instituto Federal Fluminense (IFF) pode ter mais um período de paralisação, caso o Governo Federal não atenda com as reivindicações da categoria. A última greve, ocorrida no período de junho a setembro de 2012, deixou muitos estudantes prejudicados em Campos e região. Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica e Profissional (Sinasefe), Paulo Caxinguelê, a categoria planeja um ato público com passeata para o dia 24 de abril em Brasília, data essa que marca a Jornada em Defesa dos Direitos dos Trabalhadores.
Nesta quarta-feira (06/03), alguns representantes do Sinasefe também participarão da Marcha em Defesa da Educação Pública. O ato reunirá os profissionais do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) entre outras entidades e movimentos sociais. A concentração está prevista para as 16h na Candelária, com passeata até a Cinelândia.
“O Andes representa 95% das universidades federais e nós representamos 95% dos institutos federais. Assim como nós eles também não assinaram o acordo imposto pelo governo, que previa reajustes de 25% a 40% e diminuição do número de níveis de carreira de 17 para 13. A única entidade que firmou foi a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), o que para nós da categoria não tem nenhuma legitimidade, pois trata-se de uma instituição criada pelo próprio governo, além de representar apenas 5% da categoria”, ressaltou o presidente.
No dia 24 de abril todos os sindicatos estarão juntos para lutar por uma educação mais igualitária e justa. Segundo informou Caxinguelê, nesse mesmo dia poderá haver indicativo de paralisação.
“Será um período complicado, pois será uma semana de fechamento de calendário escolar, além dos estudantes que estarão fazendo as últimas provas para encerrar o semestre. Faremos uma assembleia para decidirmos o que a categoria irá resolver”, disse Paulo.
REAJUSTE DADO PELO GOVERNO NÃO REPÕE PERDA INFLACIONÁRIA DOS TRABALHADORES 
Segundo Caxinguelê, a categoria conseguiu alguns avanços, porém o governo deixou de cumprir com o que foi reivindicado, dentre eles, plano de carreira para a educação.
Ainda de acordo com ele, o único benefício oferecido pelo governo foi um reajuste de 20% a 40%, dividida em três parcelas, com primeira parcela paga no dia 1° de março, e que, não atende a reivindicação da categoria. “Com esse reajuste, quando chegarmos em 2015, nós servidores iremos ganhar menos do que ganhamos hoje, pois estamos com a inflação cada vez mais alta”, lamentou o sindicalista.
A categoria reivindica reestruturação da carreira docente; reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE); redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais; investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a Educação Pública; além de estabelecimento de data-base para o funcionalismo público federal.

KELLY MARIA/UrURAU