quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Família de bebê morto em Campos vai à delegacia



O caso de um bebê de dois meses encontrado morto na manhã do último domingo (24/02) pela mãe na casa do avô, em Goitacazes, Baixada Campista, está longe de ser encerrado. Na noite desta segunda-feira (25/02) a família do pequeno C. E. compareceu a sede da 134ª Delegacia Legal (Centro) onde prestaram esclarecimentos. De acordo com um Policial Militar, a causa da morte da criança, que a princípio, segundo os parentes, seria por causas naturais, pode ter sido homicídio.
De acordo com o laudo pericial, o menino teve afundamento de crânio, o que poderia ter ocasionado seu óbito. Ainda segundo o agente, a mãe da criança L. B. P., 22 anos, logo após o enterro, ocorrido no início da tarde desta segunda, teria contado ao PM, que viu o pai do bebê, o autônomo C. E .C. C., 40 anos, apanhando o menino e o arremessando no chão.
Indagada sobre o porquê não havia mencionado o fato antes a polícia, a jovem disse ao policial que teria sido ameaçada de morte pelo marido caso relatasse o ocorrido. “A família alegava morte natural, mas o laudo constatou que não foi. A mãe diz que foi o pai. Agora vamos aguardar para ver qual será a apreciação da delegada”, ressaltou o policial.
Na delegacia o pai do menino falou ao Site Ururau que jamais encostou um dedo no filho, que segundo ele era o seu “anjo”. Ainda de acordo com o autônomo, desde que o bebê nasceu a mãe sofria de depressão pós-parto e não suportava olhar e nem ouvir a voz da criança.
“Mesmo com todos os problemas que ela sofria eu não acredito que ela tenha feito nada contra o C. E. Mais isso que ela está fazendo é um crime, porque eu amava meu filho e cuidava dele desde que nasceu, pois não podia deixar ele com a mãe porque ela gritava com o bebê e não tinha paciência”, relatou o pai revelando que em certa ocasião a jovem teria apanhado a criança e o jogado na cama.
Segundo o autônomo, a mulher havia saído por volta das 6h do domingo com o bebê rumo a casa do pai, avô da criança, que fica localizada na Travessa Olga. Quatro horas depois, de acordo com ele, veio a notícia do falecimento do menino.
“Eu dei a mamadeira dele e o enrolei com um lençol para então entregá-lo a mãe. Ele estava bem, apesar de ter passado mal durante a madrugada. Se foi eu quem matou o menino como que ele só foi morrer na casa do avô e quatro horas depois? Mas, acredito que isso não foi um acidente e que a verdade virá a tona”, lamentou.

BEBÊ TERIA PASSADO MAL 
Segundo uma tia do menino, o bebê teria passado mal na madrugada de sábado (23/02) para domingo (24/02), sendo levado pela mãe ao Hospital São José, em Goitacazes. De acordo com ela, a jovem teria retornado com a criança para casa, localizada na Praça Tito Vasconcelos, pois na unidade hospitalar não havia médico para atender o bebê.
“Ele não chegou a ser socorrido e os próprios atendentes do hospital mandaram retornar com ele para casa. Minha cunhada então assim o fez. No domingo de manhã ela o pegou e foi com ele até a casa do sogro do meu irmão (pai dela e avô da criança). Segundo ela, o C. E. morreu dormindo”, narrou a tia.
A equipe do Site Ururau permaneceu na delegacia até às 20h para tentar falar com a delegada adjunta da 134ª DL, Ana Paula Carvalho, responsável pelo inquérito policial que foi instaurado para investigar a morte do bebê, mas, a mesma não podia atender, pois as testemunhas ainda estavam sendo ouvidas.

Fonte : Kelly Maria - Ururau