quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Mesmo sem previsão de chuva, população de Pádua está apreensiva

O município de Santo Antonio de Pádua, no Noroeste Fluminense, está apreensivo com a possibilidade de chover novamente. De acordo com o subcomandante da Defesa Civil do Estado, major Joelson Oliveira, a enxurrada que tomou a região na noite desta segunda-feira (30), não estava prevista para acontecer. “Os desastres estão se concentrando em pequenas partes da região. Choveu muito em pouco tempo e os córregos se transformaram em rios. Quem mora em áreas de risco deve procurar abrigo na casa de familiares ou buscar ajuda com a Defesa Civil do município”.

Ao alertar a população, o agente observa que os quartos das casas localizadas em encostas de morros, geralmente, estão localizados na parte dos fundos do imóvel. “Na maioria das vezes, esses quartos são das crianças. Quem mora em casas assim deve pernoitar nos cômodos da frente. Mais o que recomendamos é procurar abrigo nas casas de familiares ou em abrigos da Defesa Civil municipal. A orientação também serve para quem mora à margem de rios”.

Oliveira esclareceu que a região tem registrado anualmente uma média de 1.500 a 1.600 milímetros de chuva. “O que aconteceu foi que choveu 100 milímetros em duas horas. A previsão de chuva para aquela ocasião era de 30 milímetros. Sessenta famílias ficaram desalojadas e foram para a casa de parentes. Nenhuma família ficou desabrigada”.

O subcomandante informou ainda que as águas das ruas do município escoaram. Um caminhão do Corpo de Bombeiros - com 35 mil litros de água - auxilia a população na limpeza das ruas e casas. “Na RJ-186, os três trechos que foram rompidos pelas águas receberam novas manilhas e areia. Com isso, os veículos estão podendo passar pelo local. Creio que a obra de recuperação não deve demorar muito, pois a rodovia já estava passando por obras antes do ocorrido”.

Prefeitura toma providências

As equipes da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Assistência Social estão cadastramento os atingidos pelas chuvas. Segundo levantamento da Defesa Civil, mais de 3 mil pessoas foram afetadas.

Funcionários de diversos setores da prefeitura e voluntários estão na Escola Municipal João Mauricio Brum, na localidade de Boa Nova, onde são distribuídas refeições, água mineral, roupas e materiais de limpeza. As famílias estão recebendo doações do próprio município e de cidades vizinhas.

A Secretaria Municipal de Obras continua com o trabalho de limpeza e reparo de calçamentos em Boa Nova, São Pedro, Mangueirão, Marangatu, Cidade Nova e Santa Cruz. O Prefeito Josias Quintal de Oliveira acompanha de perto os trabalhos e espera que em poucos dias a vida daquela região volte ao normal.

"Sabemos que as perdas materiais são grandes, mais agradecemos a Deus por não termos vítimas fatais. A tragédia foi grande, e realmente temos muito que trabalhar", disse Josias Quintal.

O Prefeito ainda agradeceu a todos os funcionários e voluntários que auxiliam nos trabalhos não só em Boa Nova, mais em todos os pontos atingidos, e também as Prefeituras vizinhas, que mandam suas máquinas para trabalhar em conjunto com as do município.

“Temos recebido apoio de vários lugares, ligações de todo o estado. O Governador Luiz Fernando Pezão se colocou a disposição para ajudar e certamente iremos precisar desse apoio”, finalizou o Prefeito.

Fonte: Terceira Via