A greve dos funcionários dos Correios no interior do Rio de Janeiro chegou ao oitavo dia. Sem previsão para terminar, a mobilização ganhou novas adesões já que agências e Centros de Distribuição Domiciliária (CDD) de Itaperuna e Bom Jesus do Itabapoana também paralisaram suas atividades nesta terça-feira (22/09). Ao todo, no Norte e Noroeste Fluminense têm 562 servidores que aderiram ao movimento.
A categoria reivindica reposição de inflação de 9,5%, mais aumento real de 10% ganho real, e a manutenção das condições do plano de saúde. A data base da categoria é agosto. Entretanto, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) ofereceu, através de negociação intermediada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), 3% de reajuste agora, mais 3% em janeiro, o que não agradou aos servidores.
“Esse reajuste está abaixo da inflação, sem falar que a empresa prevê alteração no plano de saúde e, com isso, para que nossos dependentes (pai e mãe) tenha acesso ao plano teremos que pagar mensalidade de 12% do salário”, disse o carteiro do CDD Campos e representante do Movimento Independente do Norte Noroeste Fluminense, Gustavo dos Santos.
“Nossa demanda nas regiões Norte e Noroeste é para cerca de 1 mil trabalhadores”, salientou Gustavo acrescentando que além dos concursados, os Correios também trabalha com pessoal terceirizados.
A greve nacional dos servidores dos Correios teve início no dia 15 deste mês, após os trabalhadores rejeitarem uma proposta intermediada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) e que previa reajuste linear de R$ 200 em forma de gratificação. Até o momento nenhuma contraproposta foi oferecida à categoria, apesar do pedido de reabertura das negociações.
Nesta sexta-feira (25/09), às 15h, terá uma nova audiência de conciliação mediada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), e logo após, às 18h está prevista no Rio de Janeiro, assembleia que decidirá se a categoria aceita ou não a proposta. De 36 sindicatos que os representam, 20 estão apoiando a greve e 16 não apoiam.
ALERTA
Com a greve dos servidores dos Correios, os consumidores que recebem faturas por correspondência devem ficar atentos, já que o não recebimento do boleto não isenta o cliente de efetuar o pagamento. Logo, alguns cuidados devem se tomados para não ter que pagar multas ou encargos em caso de atraso no pagamento de contas.
De acordo com a superintendente do Procon/Campos, Rosangela Tavares, é obrigação do consumidor buscar formas de honrar seus compromissos. “Mesmo com os Correios em greve, não se exime o consumidor de pagar os seus débitos até o dia do vencimento, caso seja disponibilizada outra forma de pagamento”, destaca.
Rosangela orienta o consumidor para que busque a empresa em que tem conta a pagar e peça que seja fornecida outra forma de pagamento. Em muitas empresas o consumidor tem o direito a uma segunda opção de pagamento, como débito em conta provisória, boleto bancário enviado por fax ou e-mail ou qualquer outro meio que não dependa dos serviços dos Correios.
Apenas no caso em que o consumidor tenha procurado a empresa para obter outra opção de pagamento e não tenha logrado êxito, e ainda ter sido cobrada multa, ele deve procurar o Procon/Campos, que tomará as providências no sentido de que ele seja ressarcido do pagamento dessas cobranças.
Ururau