quinta-feira, 4 de junho de 2015

STJ autoriza quebra de sigilo telefônico de Cabral e Pezão


Segundo o site de noticias G1 o Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou na noite desta quarta-feira (06/06) a quebra de sigilo telefônico do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) e do ex-governador Sergio Cabral (PMDB) e do ex-secretário da Casa Civil Regis Fichter em inquérito da Operação Lava Jato no qual os três são investigados.

No mesmo pedido houve quebra de sigilo de executivos de empreiteiras suspeitos de participação no esquema de corrupção e de desvio de dinheiro na Petrobras.  O objetivo é analisar as ligações trocadas entre outubro de 2009 e o fim de 2010 entre os políticos do Rio e outros investigados.

O ministro Luís Felipe Salomão, relator da Lava Jato no STJ, deferiu pedido da Polícia Federal e determinou que as operadoras de telefonia enviem informações sobre a troca de telefonemas

A assessoria do ex-governador Sérgio Cabral informou que ele "respeita" as decisões do processo judicial "e reitera o seu repúdio e a sua indignação às mentiras ditas pelo delator Paulo Roberto Costa".

"Diante das inverdades ditas pelo delator Paulo Roberto Costa, cabe à Justiça investigar os fatos. A quebra de sigilo telefônico, diante disso, é natural e servirá apenas para demonstrar que jamais falei com ele ao telefone sobre qualquer assunto", afirmou Régis Fichtner por meio da assessoria.

O pedido da PF de quebra de sigilo foi endossado pela vice-procuradora-geral da República, Ela Wiecko, responsável pela investigação dos governadores no STJ – há outro inquérito da Lava Jato no tribunal, que investiga o governador do Acre, Tião Viana(PT). Ele nega ter recebido na campanha eleitoral dinheiro desviado da Petrobras e pediu o arquivamento do inquérito.

Em depoimento dado no acordo de delação premiada, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou ter arrecadado R$ 30 milhões como caixa dois da campanha de 2010 do ex-governador Sérgio Cabral. Os recursos teriam beneficiado também o atual governador do estado, Luiz Fernando Pezão (PMDB), vice de Cabral na época. De acordo com o ex-diretor, o operador dos repasses foi o então secretário da Casa Civil de Cabral, Regis Fichtner. Os três negam as suspeitas.

 Fonte G1.com