As mais de 200 mil carteiras de habilitação falsas produzidas em 2008 pela chamada Máfia da CNH, com a participação de funcionários do Detran de Ferraz Vasconcelos/SP, teriam sido utilizadas por pelo menos uma autoescola do município de São Fidélis. Por ter sido arrolado nas investigações, o vereador Jorge Henrique da Silva, o Jacozinho (PMDB), dono de uma autoescola na cidade, teria ameaçado o supervisor do Detran no município, Erick Lopes Guimarães e o pai dele, o vereador Manoel Alves Guimarães (PR). As ameaças foram registradas na 141ª Delegacia Legal (DL/São Fidélis).
Erick e o pai relatam que ambos foram ameaçados de morte porque Jacozinho desconfiou que teria sido o supervisor do Detran o autor da denúncia sobre o possível envolvimento da autoescola do vereador suspeito na Máfia da CNH.
O ex-prefeito de São Fidélis Davi Loureiro (PR), citado por Jacozinho, também se sentiu ameaçado e prestou depoimento na delegacia. Os três pediram garantias de vida.
Consta na ocorrência que Jacozinho esteve na manhã de sábado na casa do vereador Manoel, que chegou posteriormente. Jacozinho acusou Erick de ter feito a denúncia contra a autoescola e após o pai do supervisor negar a acusação, o suspeito das ameaças teria dito: “Se não foi ele (Erick) então foi o ex-prefeito Davi (Davi Loureiro). Eu só quero te avisar que isso pode dar problema. É que esses caras que estão com problema na carteira são bravos e amanhã ou depois pode acontecer alguma coisa com você ou com seu filho”.
Prefeito Fenemê é citado
Em depoimento, Manoel relatou que Jacozinho teria dito que o responsável pela emissão das carteiras não teria sido ele e que tinham que pegar o Fenemê, que além de prefeito de São Fidélis é o dono da Autoescola Boa Sorte.
O jornal O Diário tentou ouvir Fenemê, mas o celular estava fora de área. No Gabinete informaram que o prefeito estava no interior e não sabia da ocorrência na delegacia, mas que hoje ele deve se manifestar.
Informações do jornal O Diário