segunda-feira, 18 de junho de 2012

Safra de café em Varre-Sai tenta se recuperar após as chuvas de maio

A colheita do café arábica está a todo vapor em Varre-Sai, no noroeste do estado. A chuva do mês de maio atrasou o trabalho em quase um mês. Agora os agricultores trabalham, em média, 8 horas por dia para dar conta do serviço. A expectativa é de uma safra menor que a do ano passado.
Eles não trabalham na construção civil, mas vivem nas alturas. É quase um prédio de 33 andares. Varre-Sai, maior produtor de café do estado, tem clima frio, perfeito para a plantação. O terreno inclinado não interfere em nada, mas não dá para fugir dele. Aliás, ficar longe, é tudo que eles não querem.
A expectativa é produzir quase cinco mil toneladas, vinte por cento a menos que em 2011. Essa “montanha russa” nas safras é normal. Os pés de café precisam de tempo para se recuperar. Mas, este ano, não é que isso preocupa.
A safra vai até agosto. Até lá, o centro da cidade deve continuar deserto. Muita gente se muda para o campo. Só na colheita, são duas mil pessoas trabalhando: um quinto da população. Não é suficiente. Os filhos de lavradores estão trocando a plantação pela sala de aula.
Os lavradores aqui da região deram um jeitinho bem brasileiro para resolver a falta de mão-de-obra. Foi assim que surgiu a “moto remexedora de café”. O veículo faz o serviço de três pessoas que precisam usar um rodo como este para espalhar os grãos.
Depois da colheita, o café precisa pegar sol para tirar a umidade. E nem aqui, o café teria chegado se não fosse a “mãozinha” dada pelas mulheres. Durante a safra, as donas de casa se dividem entre o fogão e a lavoura. E uma curiosidade: De cada dez pessoas que trabalham na colheita em Varre-Sai, três são mulheres.
Com informações da InterTV