quarta-feira, 17 de julho de 2013

Plantão - Demora de Equipe de Captação de Órgãos do RJ deixa familiares revoltados em Itaperuna


Os familiares de Iuri Côrtes Marinho, depois de mais de 30 horas esperando pela Central de Órgãos do Rio de Janeiro conseguiram sepultar o jovem de 21 anos que faleceu depois de se acidentar na RJ 116 entre Laje do Muriaé e Comendador Venâncio.


O jovem foi resgatado por uma equipe do 21º Grupamento do Corpo de Bombeiros (Itaperuna) que o levou ainda com vida para o Hospital São José do Avaí. Não resistindo aos ferimentos teve morte cerebral anunciada. A família decidiu doar os órgãos e aí começou todo um processo que deixou os familiares revoltados.

Por três vezes o procedimento de coleta dos órgãos foi desmarcado por conta da Central de Captação que fica no Rio de Janeiro. Com isso os familiares tiveram que ficar esperando para fazer o velório em Laje do Muriaé.

“O Iuri iria doar o coração para um adolescente de 16 anos, devido a enrolação e o tempo perdido, tal órgão não pode ser aproveitado”, disse um familiar revoltado no Facebook .

Hospital São José do Avaí divulga nota sobre o incidente

Um grande cortejo acompanhou o corpo de Iuri do IML em Itaperuna até a cidade de Laje do Muriaé - Foto: Blog do Adilson Ribeiro“O Hospital conseguiu os doares, atendeu todas as exigências burocráticas e de exames necessários para a doação inédita no Estado do Rio, de 7 de órgãos de dois pacientes. Infelizmente a Equipe de Captação do Programação Estadual de Transplantes chegou a Itaperuna com 30 horas de atraso, causando transtorno para o Hospital e muito mais para os familiares dos doares. Somente o Programa Estadual de Transplantes, Tel. 155 pode esclarecer o motivo do atraso.”, informou Emerson Tinoco do Hospital São José do Avaí

Por causa de tal atraso o corpo de Iuri somente foi liberado pelo instituto Médico Legal em Itaperuna na manhã desta quarta-feira (17) e foi levado para Laje do Muriaé, onde uma multidão esperava para fazer o cortejo até a Capela onde foi realizado o velório e posteriormente o sepultamento no cemitério municipal.
Apesar de ter sido enviado um pedido de informação sobre o que ocorreu para que não fosse feito a coleta de órgãos de maneira padrozinada pelo protocolo e não tão demorada a ponto de se perder um deles, a Central de Transplantes do Rio de Janeiro até o fechamento dessa matérias às 15h40 ainda não nos tinha respondido, porém aguardaremos uma resposta, para que fatos como estes não aconteça mais com familiares no Noroeste Fluminense.

E-mail enviado pela redação: “Queríamos uma nota da Secretaria, sobre o que ocorreu para o não recolhimento ou a demora deste, quanto aos órgãos doados pela família de Iuri Côrtes Marinho, que teve morte cerebral no dia 15/07, no Hospital São José do Avaí, em Itaperuna, no Noroeste Fluminense. Seriam 6 órgãos doados.”

Email respondido pela SES: “A coordenação do Programa Estadual de Transplantes (PET) segue o sigilo determinado pela legislação em relação a receptores e doadores de órgãos e, por isso, não pode informar detalhes sobre os órgãos doados e os nomes dos doadores e receptores.”
Nota da Redação: É simplesmente brincar com uma informação tão séria de um serviço tão necessário à população não só do Estado do Rio de Janeiro, mas para todo o Brasil, visto que, os órgãos recebidos servem para todo o território nacional.

Por Marcos Vinicio Dias Ribeiro – Rádio Itaperuna Gospel FM
Fotos: Blog do Adilson Ribeiro