Os familiares de Iuri Côrtes Marinho, depois de mais de 30 horas esperando pela Central de Órgãos do Rio de Janeiro conseguiram sepultar o jovem de 21 anos que faleceu depois de se acidentar na RJ 116 entre Laje do Muriaé e Comendador Venâncio.
O jovem foi resgatado por uma equipe do 21º Grupamento do Corpo de Bombeiros (Itaperuna) que o levou ainda com vida para o Hospital São José do Avaí. Não resistindo aos ferimentos teve morte cerebral anunciada. A família decidiu doar os órgãos e aí começou todo um processo que deixou os familiares revoltados.
Por três vezes o procedimento de coleta dos órgãos foi desmarcado por conta da Central de Captação que fica no Rio de Janeiro. Com isso os familiares tiveram que ficar esperando para fazer o velório em Laje do Muriaé.
“O Iuri iria doar o coração para um adolescente de 16 anos, devido a enrolação e o tempo perdido, tal órgão não pode ser aproveitado”, disse um familiar revoltado no Facebook .
Hospital São José do Avaí divulga nota sobre o incidente
“O Hospital conseguiu os doares, atendeu todas as exigências burocráticas e de exames necessários para a doação inédita no Estado do Rio, de 7 de órgãos de dois pacientes. Infelizmente a Equipe de Captação do Programação Estadual de Transplantes chegou a Itaperuna com 30 horas de atraso, causando transtorno para o Hospital e muito mais para os familiares dos doares. Somente o Programa Estadual de Transplantes, Tel. 155 pode esclarecer o motivo do atraso.”, informou Emerson Tinoco do Hospital São José do Avaí
Por causa de tal atraso o corpo de Iuri somente foi liberado pelo instituto Médico Legal em Itaperuna na manhã desta quarta-feira (17) e foi levado para Laje do Muriaé, onde uma multidão esperava para fazer o cortejo até a Capela onde foi realizado o velório e posteriormente o sepultamento no cemitério municipal.
Apesar de ter sido enviado um pedido de informação sobre o que ocorreu para que não fosse feito a coleta de órgãos de maneira padrozinada pelo protocolo e não tão demorada a ponto de se perder um deles, a Central de Transplantes do Rio de Janeiro até o fechamento dessa matérias às 15h40 ainda não nos tinha respondido, porém aguardaremos uma resposta, para que fatos como estes não aconteça mais com familiares no Noroeste Fluminense.
E-mail enviado pela redação: “Queríamos uma nota da Secretaria, sobre o que ocorreu para o não recolhimento ou a demora deste, quanto aos órgãos doados pela família de Iuri Côrtes Marinho, que teve morte cerebral no dia 15/07, no Hospital São José do Avaí, em Itaperuna, no Noroeste Fluminense. Seriam 6 órgãos doados.”
Email respondido pela SES: “A coordenação do Programa Estadual de Transplantes (PET) segue o sigilo determinado pela legislação em relação a receptores e doadores de órgãos e, por isso, não pode informar detalhes sobre os órgãos doados e os nomes dos doadores e receptores.”
Nota da Redação: É simplesmente brincar com uma informação tão séria de um serviço tão necessário à população não só do Estado do Rio de Janeiro, mas para todo o Brasil, visto que, os órgãos recebidos servem para todo o território nacional.
Por Marcos Vinicio Dias Ribeiro – Rádio Itaperuna Gospel FM
Fotos: Blog do Adilson Ribeiro
Fotos: Blog do Adilson Ribeiro