BBom tem mais de 300 mil distribuidores
Assim como a Telexfree, a BBom é alvo de uma força-tarefa organizada pelos Ministérios Públicos estaduais e federais. Os órgãos tentam impedir a expansão de 18 empresas suspeitas de ser esquemas Ponzi. No caso da BBom, a ação da Procuradoria do Consumidor de Goiás visa à devolução do dinheiro aplicado aos distribuidores e também o encerramento das atividades da empresa.
Segundo a decisão da Justiça, a BBom tem um prazo de 48 horas para colocar em seu site um aviso de bloqueio do cadastramento e do pagamento dos associados.
“É a decisão que estávamos esperando. Agora vamos reunir o maior número de bens possível para ressarcir os lesados. A intenção é bloquear bens dos donos e dos grandes líderes regionais, que são pessoas que levaram os outros à rede”, explicou o presidente da Associação do Ministério Público do Consumidor (MPCON), Murilo Moraes e Miranda.
Segundo o promotor, a força-tarefa está tentando é evitar que a onda de pirâmide continue se espalhando pelo Brasil. “Sempre alertamos os consumidores para não acreditarem em dinheiro fácil. Isso não é marketing multinível. É pirâmide financeira. E os Ministérios Públicos não podem compactuar com esse crime. Quem sustenta os ganhos de poucos são os muitos que estão em baixo”, diz.
A BBom, uma empresa de São Paulo, é considerada uma das ramificações da Embrasystem, que atua no mercado de rastraeamento de veículos.
Segundo a juíza federal substituta da 4ª Vara Federal de Goiânia, Luciana Laurenti Gheller, além de não ser sustentável e de mostrar indícios de pirâmide, a BBom sequer tem autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para comercializar rastreadores veiculares.
Na semana passada, a juíza bloqueou os bens da empresa, como R$ 300 milhões que estavam em conta corrente, além de 100 carros, como Ferraris, Lamborghinis, Rolls Royces e Mercedes. Alguns dos veículos estão no nome do dono da empresa, João Francisco Paulo. Outros foram usados para presentear os líderes empresariais da BBom, conforme disse o presidente do grupo em entrevista para A GAZETA.
Em nota, a BBom informa que está tomando as providências cabíveis para retirar qualquer impedimento às suas atividades. A empresa reitera que continua à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos.
Só para entrar
R$ 600 de taxa de adesão
É o mínimo que empresa cobra pelo serviço, que pode chegar a R$ 3 mil.
Fonte: A Gazeta