
a mais velha desde seus 13 anos e a mais nova desde seus 10 anos, lembrando que possui deficiência auditiva, dificuldade na fala e deficitária compreensão intelectual. Os abusos sexuais ocorreram por cerca de 4 anos, iniciando-se em Magé, passando por Campo Grande, Belford Roxo e chegando a Mangaratiba, município onde foi preso, hoje, por volta das 06:00h, no interior de sua residência.
Importante frisar que o fato foi noticiado por familiares das vítimas na DCAV ontem e rapidamente se providenciou as oitivas de testemunhas, os depoimentos das vítimas, assim como o ECD, que resultou positivo, comprovando-se tecnicamente a existência material do crime, com o desvirginamento, causando inclusive infecção na genitália da mais nova. A prima da vítima, que apresentou o ocorrido ainda trouxe um vídeo onde a vítima deficiente mencionava os abusos sexuais e as submissões a que era obrigada. No mesmo dia o Delegado Marcello Maia requereu a prisão temporária de MAURÍCIO no plantão judiciário, que foi decretada durante a madrugada.
Deve-se esclarecer que as crianças sempre foram obrigadas, mediante violência física e ameaças, a cumprirem a violência sexual determinada. Tais abusos eram diários.
Os fatos ocorriam sempre na ausência da mãe. Porém, em duas oportunidades soube de uma das vítimas o acontecido e preferiu não acreditar na versão de sua filha, dizendo que era ela quem estava seduzindo o padrasto, oportunidade em que a pôs para fora de casa, acreditando no suspeito.
O conselho tutelar de Mangaratiba foi contatado e expediu um termo de responsabilidade para que a prima das vítimas ficasse com a guarda da mais nova e de seu irmão até que o Juízo competente fosse noticiado e decidisse pela guarda provisória das crianças.
Em seu interrogatório, MAURÍCIO, diante das provas que foram apresentadas pelo delegado, decidiu confessar os crimes, dizendo inclusive, que merecia a morte e que o que fez com as meninas eram atos abomináveis e indesculpáveis.
MAURÍCIO responde por dois crimes de estupro de vulnerável e também por maus tratos, podendo pegar mais de 30 anos de prisão.
Já a mãe das crianças será intimada para explicar o porquê de não ter denunciado o companheiro, por qual motivo não buscou o esclarecimento dos graves fatos a ela passados por uma das filhas, podendo vir a responder por sua omissão pelo mesmo crime de estupro de vulnerável, que tem pena de 8 a 15 anos de reclusão.
Jornal Dois Estados