quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Bancários param dia 18 e Correios podem entram em greve já na próxima terça





Bancários não aceitam proposta da Fenaban e param a partir do dia 18
Os bancários decidiram nesta terça-feira (04/09) que darão início no dia 18 a greve nacional, por tempo indeterminado. A decisão foi anunciada depois da frustração com a não apresentação de nova proposta dos bancos em negociação com o Comando Nacional dos Bancários.

Diante do impasse, o Comando definiu calendário de mobilização que aponta para a realização de assembléias no dia 12, para deflagrar greve por tempo indeterminado a partir do dia 18, com assembleias organizativas no dia 17.

A rodada de negociação durou menos de meia hora. Contrariando as expectativas de que colocariam novos avanços na mesa, os bancos mantiveram a proposta de 6% de reajuste (aproximadamente 0,7% de aumento real) apresentada no dia 28 de agosto.

"Com essa postura intransigente, os bancos empurram os bancários para a greve. Eles não mudaram de posição nem depois da divulgação da pesquisa do Dieese na semana passada revelando que 97% das categorias profissionais fecharam acordo com reajustes acima da inflação no primeiro semestre. Portanto, o sistema financeiro, o mais dinâmico e rentável da economia, tem condições de atender à reivindicação de aumento real de 5%", declarou Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

"Se setores econômicos sem a mesma pujança estão concedendo aumentos reais, os bancos podem muito mais. Somente os seis maiores bancos lucraram R$ 25,2 bilhões no primeiro semestre e ainda provisionaram R$ 39,15 bilhões para devedores duvidosos, um grande exagero para uma inadimplência que cresceu apenas 0,7 ponto percentual no período", afirma Carlos Cordeiro.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Campos, Rafaneli Alves confirmou a mobilização na região e que os avisos já vinham sendo feitos. “Hoje os banqueiros iriam apresentar uma contraproposta além dos 6%, que não foram aceitos, na semana passada, no dia 28”.

A categoria reivindica 10,25% de reajuste salarial, composto de aumento real de 5% mais a reposição da inflação projetada para o período, de 5%, além de piso salarial de R$ 2.416,38. A data-base da categoria é 1º de setembro.

Também estão entre as principais reivindicações econômicas dos bancários Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais parcela fixa adicional de R$ 4.961,25, e vales refeição, alimentação e auxílio-creche no valor de R$ 622 cada. A categoria também quer fim das metas abusivas, mais contratações, o fim das terceirizações e o cumprimento da jornada de 6 horas.

Informações e foto de Ururau



Trabalhadores dos Correios podem entrar em greve na próxima terça-feira

Os trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) realizam na próxima segunda-feira (10) assembleias estaduais para avaliar a proposta de uma greve nacional da categoria por tempo indeterminado. Se for aprovada pelas assembleias, a paralisação começa na madrugada de terça-feira (11).

"Estamos negociando desde junho e a nossa pauta não foi levada em conta", disse o secretário-geral do Sintcom-PR, Luiz Antonio de Souza. "Se nos próximos dias não houver um contraproposta da empresa que atenda nossas reivindicações, não restará aos trabalhadores outra alternativa senão a greve."

A diretoria da empresa ofereceu um reajuste salarial de 3%. A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) reivindica 43,7%.

A Fentect pede ainda a negociação de R$ 200 de aumento linear, piso salarial de R$ 2,5 mil e vale-refeição de R$ 35 por dia, contratações por concurso público, fim das horas extras e da terceirização são outros itens da pauta de reivindicações. N

Os quatro sindicatos, que se desfiliaram da federação, representam os trabalhadores de São Paulo, do Rio de Janeiro, do Tocantins e de Bauru (SP). Essas entidades reivindicam 5,2% de reposição salarial, 5% de aumento real, reajuste linear de R$ 100 e vale-refeição de R$ 28 por dia.

Os Correios informaram, por meio de sua assessoria de imprensa, que, desde o começo de julho, a empresa fez 12 reuniões de negociação com a federação. "Neste período, a empresa recebeu solicitação dos sindicatos de São Paulo, do Rio de Janeiro, Tocantins e de Bauru, que se desfiliaram da Fentect, para negociar e aceitou devido à representatividade dessas entidades que, juntas, representam 40 mil dos 120 mil trabalhadores", declarou em nota.

A direção dos Correios disse ainda que, nos últimos nove anos, a maior parte dos trabalhadores dos Correios teve 138% de reajuste salarial, o que incluiria 35% de aumento real. O salário-base pago pela empresa, que era R$ 395,94 em 2003, e passou para R$ 942,75 em 2011.

Informações de Agência Brasil